italianos e alemães e simbolizavam a preocupação com o aproveitamento integral da carne suína e seus sub produtos.
Fabricação estimada como sendo na década de 40.
Natal de 2011, meu filho Oscar disse que já tinha escolhido meu presente.
“Pai, é tua cara”.
“Bati os olhos e disse, é o próprio”, confirmou sua cúmplice, Juliana.
Quando fui visitá-los em Santa Cruz do Sul, recebi o prometido.
Entre estupefato pela ilação entre objeto presenteado e receptor, eu, entusiasmado vendo uma preciosidade daquelas, relevei a comparação, creditando-a a uma simbologia de linguagem.
Traduzi a expressão como sendo uma mensagem de carinho.
Hoje , admirando a peça, aqui entre nós, não posso negar, admito; “é a minha cara”.
Uma rara torresmeira de meu tempo de infância!
Mas mesmo reconhecendo a mensagem carinhosa nas entrelinhas, ficou lá no fundo um quezinho ; “a cara do pai”. E tinha que ser uma torresmeira! Uma torresmeiraaaaaaaaa!!!!
Requer uma contrapartida!
Fui me socorrer com Ivon Cury, que lá pelos anos de 1950 fez sucesso nas rádios, como cantor e compositor, e achei na letra de uma de suas músicas, a medida certa para uma vingança afetuosa.
A partir daquele achado pensei; se pareço uma torresmeira, se meu filho se parece comigo, ele tem alguns traços da dita cuja, portanto... nós três temos algo em comum. A cara do pai.
A cara do pai
De tanto trabalho
O seu nascimento
E foi um tormento
Um Deus nos acuda
A mãe aflita
Todo mundo ajuda
No fim ele sai
A cara do pai
E prá mãe coitada
Tão sacrificada
Não há elogio
Todo mundo vai
Dizendo baixinho
“Mas que bonitinho
Está tão gordinho,
É a cara do pai”
e por aí vai........
Ouça....
Autor: Miguel A. Guggiana
Ilustraçao: Mauricio Cartunista
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