quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Bicicleta Monark C 10














Essa  bike que compartilho com vocês é, sem dúvidas, uma raridade, pelo seu estado original ( pintura, pneus, peças, acessórios), e  mecanismo preservado no seu  funcionamento, considerando sua condição de quarentona, o que credito ao fato de ter sido propriedade de um único dono, que a guardou  e cuidou caprichosamente por quatro décadas.
     Aqui no Antiquário,  daremos continuidade no trato carinhoso para que tenha vida eterna.
     A C10 chegou através de seu dono, que referiu o ano de 1978 como sendo de sua aquisição.
     A Monark C 10 surgiu na década de setenta buscando o mercado das “speed” a exemplo de sua concorrente à época, Caloi C 10.

     Pedro Du Bois, amigo deste blog, poetisa sobre bicicletas:

DIFERENÇAS

(Pedro Du Bois, inédito)

No tempo

menina
vassoura
avental

menino
bodoque
bicicleta

casa e rua
rua e casa

nenhuma diferença fazia

meninos de avental
e vassoura
meninas com bodoque
e bicicleta

que diferença faria?






TODOS
(Pedro Du Bois, inédito)

Alguns passeiam bicicletas.
Exercitam pedais.

No equilíbrio resistem forças:
                    centrípeta forma     
                           do elemento.

Outros conservam passos calçados
ao destino: loja e mercado.

O pecado sobrevoa espaços
no descumprimento
da irrealidade: a dor adoece
aqueles sensibilizados
pela permanência. Uns se retiram
em conversas esvaziadas
das semanas entrantes.


sexta-feira, 23 de março de 2018

Camera KODAK Signet 50




 Made in Rochester,N.Y., U S A./ Eastman  KODAK Company.
Filme 35 mm.

     
     Aproveito sempre que possível  adquir peça para o Antiquário quando acompanhada de embalagem original. Entendo que essa condição define com segurança  sua história: fabricante, modelo, etc. como no   caso desta SIGNET 50. Observem a condição da câmera, impecável para uma cinquentona. Mecanismo preservado.
     A KODAK Signet 50 foi o quarto modelo na linha KODAK Signet, introduzida no mercado em agosto de 1957, tendo sua produção interrompida em 1960.


     Todos os anos Adilson Tortato, amigo deste blog, nos presenteia com foto de  uma epiphylum  oxipetalum, flor que desabrocha somente algumas horas, numa noite qualquer de verão.
     Em janeiro deste ano  a “dama da noite”, popularmente chamada,  deu a luz, registro que o Adilson compartilha. Que beleza! Adilson, volte em 2019.


Abaixo, flagrantes da maquininha antes do trabalho de restauração de 
Tonimar Araújo (54 9 9684.7111)






sábado, 27 de janeiro de 2018

Relógio SILCO



  30 cm altura x 26 cm de comprimento x 10 cm de profundidade.


     O SILCO  que se mostra aí em cima, todo posudo, passou quase 03 (três) anos  no Antiquário aguardando vez para ser colocado nos conformes.  Foi adquirido na Feira de Antiguidades, Mercado Público de Porto Alegre/RS, com pintura fora do original, sem 02 (duas) "pernas", porém com funcionamento perfeito.
     O Mário Borrea  ( 54 9 91436315) raspou a tinta deixando na madeira, construiu as pernas faltantes, deu uma boa lustrada, manteve o forro cor laranja (?) , o que lhe conferiu estética de museu. Trata-se de relógio especialmente singular, diria raro nessa condição, por buscar na sua forma a imagem de TV, com pés “palito”, o que nos permite arriscar ter sido fabricado nos anos sessenta.





     Os relógios SILCO foram  “fabricados” no  Brasil  utilizando-se de maquinário suíço de marca SOREL, por Edgard Kocher, fundador da Empresa Brasileira de Relógios Hora S/A, que encerrou atividades na década de oitenta.
     Encerramos com Marlene Kremer:


Inocência


Por que amor meu, diga me:
Por que será?
Por que só o teu sorriso me aclama,
E é a tua vóz que me socorre
A alma
Toda vez que eu de ti precisar?
Deve haver um porquê.
Ou não há?!
Não seria, então, você
O anjo
Que um dia, inocente, desceria
Á terra
Vindo tão somente pra me salvar?
(Deve haver um porquê.
Ou não há?)
Mas isso tudo amor meu,
Eu entendo
Penso que compreendo:
Os rumores
Do tempo nos dirá.



Marlene Kremer - Colaboradora do Projeto Passo Fundo