Sessão solene na sede do blog.
Da esquerda para a direita; Luis, o retratista, eu, Mario Borréa, Nat King Cole e Icio, o cartunista. |
O motivo não poderia ser mais contundente; inclusão no acervo e apresentação através deste Blog de uma Máquina de Costurar Couro – século XIX -. Foi garimpada pelo Mário Borréa que soube de sua existência através de um entregador de gás que a viu em uma casa, meia que encostada, mas ainda com sua estrutura e funcionamento preservadas.
O olho clínico do Mário foi decisivo para perceber que tratava-se de uma peca raríssima. Entabulamos negociações com o entregador de gás e o dono da raridade. Concluída a engenharia financeira, com as partes satisfeitas, o Mário Borréa assumiu a regência e nos entregou essa beleza que o retratista exclusivo deste blog registrou.
“... construída em caixa de ferro toda vazada, de laterais
em pernas entrelaçadas em X e decorado em relevo de flores...” fonte; Museu de
Artes e Ofícios de Minas Gerais.
“... parte inferior com uma barra sustentando um pedal vazado em motivos fitomorfos, com um rabicho por detrás que transmite movimento de rotação...” fonte; Museu de Artes e Ofícios de Minas Gerais.
“... marcas gravadas em relevo na estrutura inferior de
sustentacão da roda grande vertical : desenho de um castelo
ladeado por dois leões, centrado por decoração de flores, com um monograma
composto por um ”H” e um ”C” sobrepostos...” fonte; Museu de Artes e Ofícios de
Minas Gerais.
Ei-la
aí nas dependências da Instituto de Criação e Restauracão do Mario Borréa. A
máquina foi completamente desmontada, lubrificada, escovada para retirada de
ferrugem , pintura sòmente em sua estrutura de apoio, enfim “serviço completo”.
Neste retrato já podemos vê-la com suas pecas desmontadas,
porém já é perceptível a acão do
restaurador.
O momento artístico fica a cargo de Cesaria Evora.
Beijo Roubado.
Autor: Miguel Guggiana
Ilustracão: Icio, O Cartunista